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As danças mais icônicas da América do Sul

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Autor: COINED

A música, a dança e a poesia formam a espinha dorsal da cultura sul-americana. Muitas vezes, os estilos musicais ou as danças tradicionais podem dizer muito sobre a história do continente e de seu povo, e a América do Sul está muito consciente de manter essas tradições e garantir que elas permaneçam como parte da cultura contemporânea. Uma característica comum dessas danças é a fascinante mistura de influências de todo o mundo, com elementos da cultura indígena, dos colonizadores europeus e das populações de escravos africanos, o que as torna muito exclusivas desse continente em particular. Aqui estão algumas das danças mais icônicas da América do Sul e os países aos quais elas estão mais associadas.

Tango (Argentina)
Quando se pensa na Argentina, a primeira coisa que vem à mente (depois do bife e do vinho tinto, é claro) é o tango. Originada no século XIX nos distritos da classe trabalhadora das cidades portuárias de Buenos Aires e da vizinha Montevidéu, essa dança de parceiros se espalhou pelo Rio da Prata e agora é sinônimo da cultura argentina.

Tendo suas raízes nas danças do candombe praticadas pelos escravos africanos no Rio da Prata e influenciado por estilos europeus como a habanera ou a contradanza, o tango representa essa maravilhosa mistura intercontinental que torna a cultura sul-americana tão rica e fascinante.

Normalmente, o tango é dançado com os dois parceiros segurando um ao outro com muita proximidade e é conduzido pelos movimentos do parceiro masculino. O resultado é uma dança apaixonada, quase sensual, que evoca sentimentos de luxúria, mas também melancolia e saudade de casa, típicos das comunidades de imigrantes da classe trabalhadora que originalmente popularizaram a dança.

Caporales (Bolívia)
Como um país que abriga várias culturas indígenas com suas próprias celebrações e tradições espirituais, a Bolívia tem uma incrível variedade de danças folclóricas para chamar de suas. Sem dúvida, o mais popular desses ritmos folclóricos são os caporales, uma invenção relativamente nova, criada apenas na década de 1960.

Apesar de certamente incorporar elementos da dança folclórica indígena boliviana, a principal influência para a criação dos caporales foi a dança saya, praticada por escravos africanos na região de Yungas, no país, durante a época colonial. Na saya, o líder da dança é chamado de Caporal, que representa o líder dos escravos e está sempre vestido em um traje quase militar, com botas pesadas e um grande chapéu.

A figura do Caporal foi a principal influência para os irmãos Estrada Pacheco, que criaram e popularizaram os caporales, resultando em um estilo musical único que tem claras raízes africanas, mas incorpora ritmos e instrumentos típicos andinos, como as icônicas flautas de pan conhecidas como zampoñas.

Cueca (Chile)
A dança nacional do Chile remonta à época colonial e é amplamente considerada como uma adaptação chilena da zamacueca, uma dança do Peru, vizinho do Chile ao norte, que era uma mistura do estilo crioulo com elementos do animado fandango espanhol.

Tradicionalmente, a cueca pretende representar o ritual de cortejo entre um galo e uma galinha, com o parceiro masculino tentando seduzir a fêmea com sua exibição entusiasmada e seu pisar alto. Os parceiros começam a dança entrelaçando os braços e andando pela pista de dança, antes de ficarem de frente um para o outro e dançarem, sem contato, enquanto agitam lenços brancos. O ritmo é bastante animado, geralmente usando palmas ou pandeiros para manter o ritmo.

Cumbia (Colômbia)
A cumbia, a dança folclórica mais popular da Colômbia, juntamente com o vallenato e o porro, é outro exemplo maravilhoso de como as tradições indígenas, africanas e europeias podem se unir e representar a cultura rica e única da América do Sul por meio da música e da dança. O nome "cumbia" vem de uma palavra africana, cumbé, que significa "dançar", e incorpora ritmos e danças da população africana da Colômbia, juntamente com instrumentos e rituais indígenas tradicionais e letras dos colonizadores espanhóis.

As representações originais da cumbia viam os escravos imitando seus proprietários espanhóis, com as mulheres vestindo vestidos longos, coloridos e em camadas, enquanto os homens usavam chapéus grandes e frequentemente carregavam lenços vermelhos. Como muitas danças sul-americanas, a cumbia é tradicionalmente uma dança de cortejo, com o parceiro masculino tentando seduzir a mulher com seus movimentos.

Os passos da cumbia são geralmente curtos e deslizantes, para representar as correntes usadas pelos escravos que criaram a dança e, embora isso tenha mudado com o tempo com a adição de novos instrumentos e a popularização do estilo, ainda é possível ver um pouco dessa influência inicial na cumbia contemporânea.

Pasillo (Equador)
Embora seja popular em toda a região da "Gran Colombia" (Colômbia, Equador, Venezuela e Panamá), o pasillo é hoje considerado a dança folclórica equatoriana mais icônica. Originalmente uma adaptação de uma valsa europeia, o pasillo é muito mais lento do que o ritmo sul-americano comum. Sua singularidade está na maneira como foi adaptado e reinterpretado em diferentes cidades e regiões do Equador, com cada parte do país tendo seu próprio estilo particular.

Marinera (Peru)
A marinera, semelhante à cueca do Chile, é um desdobramento da tradicional dança peruana zamacueca, que misturava ritmos indígenas com o fandango espanhol. Assim como a cueca, a marinera é uma dança de namoro em que ambos os parceiros usam lenços brancos como adereços.

Uma das características mais marcantes da marinera está nos trajes usados por ambos os parceiros, mas principalmente pelas mulheres. Embora os vestidos tradicionais sejam intrincados e ornamentados por si só, as dançarinas também usam vários acessórios e joias artesanais (geralmente de ouro).

Candombe (Uruguai)
Embora o Uruguai tenha uma tradição de tango muito forte, a dança uruguaia mais típica vem das origens do tango: o candombe. Trazido pelos escravos africanos no século XVIII, o candombe se refere a várias danças e ritmos diferentes nativos dessas comunidades, caracterizados por sentimentos de melancolia e saudade de casa.

Os tambores tradicionalmente usados pelos escravos eram conhecidos como tangó, que, quando entrelaçados com o estilo de dança habanera europeu, acabaram se tornando o tango.

Sforça: theculturetrip.com

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